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Todas as cartas que (não) escreveram para mim nasce do realismo fantástico e da pesquisa sobre a integração entre Teatro e o Audiovisual

Crédito da foto: Divulgação

Todas as cartas que (não) escreveram para mim é a montagem de formatura dos alunos do último período do Curso Técnico em Teatro da Fundação das Artes de São Caetano do Sul. A pesquisa teatral, criada e planejada remotamente, se expande em três possibilidades digitais para se comunicar com o público.

Em quarentena desde o mês de março de 2020, o grupo teve de se adaptar para superar as adversidades impostas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), que, até hoje, atinge a classe artística como um todo.

A partir desta nova condição, a Turma 64 e os professores-artistas responsáveis pelo projeto debruçaram-se para concretizar a pesquisa a partir das possibilidades digitais. O projeto é formado por três frentes: a primeira delas é o Universo Expandido Todas as Cartas. O Universo Expandido é uma ação nas redes sociais, dentre elas o Instagram, que propõe apresentar fragmentos da história por meio de vídeos curtos e outros suportes em que os personagens são apresentados, bem como partes da pesquisa dos personagens que não estão diretamente na dramaturgia. O Universo Expandido tem orientação do Professor Sérgio de Azevedo e pode ser apreciado na página da Turma (@Turma64) e no site https://www.turma64teatro.com.br/. Outra ação do Universo Expandido é a criação de um Vídeo-Dança que tem como foco toda a pesquisa corporal realizada remotamente durante a criação. A pesquisa corporal foi roteirizada e as cenas foram realizadas remotamente pelos alunos. A criação recebeu o nome de “Frações de gestos em meio à chuva” e tem orientação, concepção, montagem e edição da Professora Alessandra Fioravanti.

A segunda frente é a criação do espetáculo Todas as cartas que (não) escreveram para mim. O espetáculo, que serviu de base para todas as criações cênico-digitais, foi realizada por meio de processo colaborativo e discute a existência humana. A pesquisa gerou em torno de escritores e escritoras sul-americanos e escritores e escritoras da língua portuguesa com foco no realismo fantástico. O processo deste registro teatral em formato audiovisual foi criado e idealizado remotamente e filmado no Teatro Timochenco Wehbi (Fundação das Artes) cujo experimento cênico foi o diálogo entre as linguagens do Teatro e do Audiovisual. A orientação, dramaturgia e a concepção do Projeto como um todo é do Professor Celso Correia Lopes.

E, por fim, toda a criação musical composta originalmente para o projeto será apresentado em forma de Show Musical. O show, com orientação, preparação vocal, concepção, composição, arranjos e produção musical fica a cargo da Professora Samanta Okuyama. O Show, em tom nostálgico, pois abrange criações musicais de outras pesquisas, encerra a trajetória artística da Turma 64 dentro do Curso.

Todas as ações e seus respectivos registros estão organizados no site https://www.turma64teatro.com.br. Além das produções há um histórico de todo o percurso dos alunos da Turma até a formatura.

O Projeto

“Todas as cartas que (não) escreveram para mim” conta a história dos moradores da cidade de Lúgubre e uma tragédia passada que transforma todos os moradores da cidade. Lúgubre passou pela Epidemia Cega. Seus moradores deixaram de enxergar e depois de um tempo, sem explicações, voltaram a ver simplesmente. A Epidemia deixou vários órfãos que tiveram suas vidas mudadas diante da tragédia. A partir do falecimento do carteiro da cidade, Seu Jardim, as personagens descobrirão os segredos envoltos sobre a existência de cada uma delas.

Formada por dez atores e atrizes, ao longo dos três anos e meio do curso técnico, a Turma 64 teve a oportunidade de encenar diversos estilos e períodos artísticos. Passaram por processos colaborativos, investigações cênicas e autores de diferentes linhas estéticas, entre eles, Nelson Rodrigues, Gianfrancesco Guarnieri e William Shakespeare.

Sinopse

A Turma 64 apresenta o Projeto Cênico-Digital “Todas as cartas que (não) escreveram para mim”, processo colaborativo dirigido por Celso Correia Lopes e orientação de Alessandra Fioravanti, Samanta Okuyama e Sérgio de Azevedo. Os moradores da cidade de Lúgubre passaram por uma tragédia que transformou a todos. Lúgubre foi assolada pela terrível Epidemia Cega. Seus moradores deixaram de enxergar e depois de um tempo, sem explicações, voltaram a ver simplesmente. A Epidemia deixou vários órfãos que tiveram suas vidas mudadas diante da tragédia. A partir do falecimento do carteiro da cidade, Seu Jardim, as personagens descobrirão os segredos envoltos sobre a existência de cada uma delas.

Elenco

Beatriz Assis, Duda Rett, Henrique Queiroz, Louise Rico, Lucca Vilas Boas, Marina Brizolla, Rafaella Buono, Stephanie Rodrigues, Victor Pontes, Victória Bernardo Madjarov

Equipe Criativa

Concepção Geral, Direção Cênica e Dramaturgia – Celso Correia Lopes
Concepção Vídeo-Dança, Preparação Corporal e Coreografias – Alessandra Fioravanti
Concepção Musical, Preparação Musical e Canções Originais – Samanta Okuyama
Concepção Universo Expandido e Produção do Projeto – Sérgio de Azevedo.
Preparação de Ator – Célia Lucca
Edição de Vídeo e Masterização de Som – Victor Merseguel

 

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