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Teatro, dança e música marcam a segunda edição do Giro das Artes

Uma fusão de culturas e linguagens artísticas é a marca do Giro das Artes, festival que reúne artistas do Ceará com diferentes vivências em trabalhos de teatro, dança e música, resultado de intercâmbios com parceiros de outros países. A programação acontece de 27 a 31 de outubro de forma presencial em Fortaleza e de 05 a 07 de novembro no canal Quitanda Soluções Criativas no Youtube.

As apresentações vão acontecer no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM). Para a programação presencial o Giro das Artes seguirá os protocolos sanitários vigentes estabelecidos pelo Governo do Ceará por meio de decreto.

O Giro das Artes é apresentado pela Enel Distribuição Ceará e conta com a realização da Quitanda Soluções Criativas e do Instituto BR, com produção executiva da Marco Zero. O projeto tem apoio institucional do Cineteatro São Luiz, do Instituto Dragão do Mar e do Governo do Estado do Ceará através da Secretaria Estadual de Cultura pela Lei nº 13.811 de 16 de agosto de 2006.

OS ESPETÁCULOS

Em sua segunda edição, primeira em formato híbrido, o Giro das Artes teve como foco a criação de produtos artísticos com abordagem contemporânea, voltados essencialmente para multiplataformas, resultando em experiências potentes para além do presencial, que se mostra uma tendência mundial a partir do isolamento imposto pela pandemia de Covid-19.

Grupo teatral Pavilhão da Magnólia com “Há uma festa sem começo que não termina com o fim”, projeto de dança “Zabumba”, com direção de Andréia Pires, e espetáculo musical “Cearás do Amanhã”, dirigido por Claudio Mendes, são os três produtos artísticos que serão apresentados.

TEATRO: Há uma festa sem começo que não termina com o fim

Para a montagem de “Há uma festa sem começo que não termina com o fim”, que será apresentado no dia 27, o Pavilhão da Magnólia teve uma interlocução com Ricardo Cabaça, dramaturgo português com quem o grupo se reuniu virtualmente ao longo do processo. Ricardo Cabaça é licenciado em Estudos Portugueses pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e mestrando em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É cofundador e codiretor artístico da 33 Ânimos, juntamente com Daniela Rosado.

Surgido em 2005, o Pavilhão da Magnólia é um dos grupos expoentes de teatro de Fortaleza, com uma prática voltada para ações que movimentam a cena cultural da cidade, em produções para palco, rua e para o público infanto-juvenil. Com direção e dramaturgia de Francis Wilker (DF/CE) e codireção e dramaturgismo de Thereza Rocha (RJ/CE), “Há uma festa sem começo que não termina com o fim” teve sua estreia em setembro deste ano e é apresentado com a seguinte sinopse: “Livro é árvore, verso já foi traço escrito na terra arada. Os verbos são passado e presente simultâneos. Nenhuma palavra termina em si mesma, os corpos também não. Num rito coletivo de festa e de teatro, uma casa se reabre às/aos convivas e reaprende: como estarmos juntos novamente? Quatro artistas, tal qual páginas soltas de um livro, folheiam o tempo e convidam o público a percorrer um lugar, um ontem, uma vida, um agora, um país, um amanhã”.

DANÇA: Zabumba

O projeto “Zabumba”, que terá apresentações nos dias 28 e 29, traça um desenho do corpo brincante, descobrindo como pode ser o gesto e o comportamento a partir do encontro com outras tradições, assimilando formas e afetos por meio da dança e que não seja uma visão fechada ou clichê daquilo que se diz sobre traços da cultura popular, mas um atravessamento de culturas. Nesse caminhar, o espetáculo é gerado por Andreia Pires (que assina a direção), Aline Monteiro, Sarah Escudeiro, Larissa Góes, Rafael Abreu, Pedro Madeira, Igor Ribeiro e Iury Batista, artistas que pesquisam a dança, a música e a formação da cultura brasileira nas suas especificidades de linguagem. Para este trabalho tiveram a parceria da portuguesa Márcia Lança, licenciada em Antropologia pela FCSH-UNL (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade Nova de Lisboa).

MÚSICA: Cearás do Amanhã

“Cearás do Amanhã”, com apresentações nos dias 30 e 31, é um passeio que passa por várias sonoridades e estilos musicais de todo o estado do Ceará. O espetáculo musical, concebido e dirigido pelo produtor Claudio Mendes, une vários nomes da nova cena musical cearense para trocar com promissores alunos de várias instituições de ensino de música que fazem parte da Plataforma Sinfonia do Amanhã.

O repertório, inteiramente autoral, apresenta canções de nomes como Di Ferreira (voz e percussão), Jeffe (voz), Carú Lina (voz, flow), criações coletivas que Claudio fez com o grupo Filhes de Ninguém, formado por David Praxedes (voz), Elli Martins (teclado), Tomas Jefferson (voz), Beatriz Bandeira (voz), Dudalino Itapewa (voz, percussão). Tem arranjos e ideias dos alunos da Plataforma Sinfonia do Amanhã: Nara Kelly (trompete), Carlos David (sax), Jamilly Porfírio (voz), Gustavo Souza (violino), Daiane Souza (violino), Vinícius Vilas Boas (percussão), Henrique (flow), Luiza Mendes (voz, roteiro).

O show tem a participação especial do cubano Gabriel Padron (violino e voz), parceiro na construção deste trabalho. Nascido em Cuba, Gabriel é graduado em violino no Conservatório Profissional de Música – ENA. Com carreira profissional iniciada em 2009 atua como educador musical e como instrumentista em vários grupos e orquestras, tendo sido premiado em diversos concursos como solista e em conjunto.

INGRESSOS

Para o espetáculo “Há uma festa sem começo que não termina com o fim”, do grupo Pavilhão da Magnólia, serão disponibilizados 20 ingressos via Sympla. Para os espetáculos “Zabumba” e “Cearás do Amanhã” serão disponibilizados 301 lugares para o público. O acesso será por ordem de chegada, com abertura uma hora antes do início de cada apresentação. O acesso só será permitido com identificação do RG e haverá aferição de temperatura na entrada.

Esta é a segunda edição do Giro das Artes. A primeira aconteceu em 2018 em uma simbólica volta ao mundo a partir de espetáculos de música, teatro e dança respectivamente da Espanha (aupaQUARTET), Suíça (Boris Nikitin em Hamlet) e França (Kubilai Khan Investigations, com Black Belt, e Herman Diephuis, com Tremor and More), além de atividades formativas. Foi um apanhado das dimensões e possibilidades de manifestações artísticas proporcionadas pelas diversidades históricas, geográficas e sociais dos territórios onde as obras foram criadas.

PROGRAMAÇÃO

Dia 27/10 (Quarta)

19h – “Há uma festa sem começo que não termina com o fim” (teatro)
Grupo Pavilhão da Magnólia
Duração: 120 min. Classificação Indicativa: 16 anos.
Onde: Cineteatro São Luiz (presencial)

Dias 28 e 29/10 (Quinta e Sexta)

19h – “Zabumba” (dança)
Direção: Andréia Pires
Duração: 50 min. Classificação Indicativa: Livre.
Onde: Cineteatro São Luiz (presencial)

Dia 30 e 31/10 (Sábado e Domingo)

19h (sáb) e 18h (dom) – “Cearás do Amanhã” (música)
Direção: Claudio Mendes
Duração: 50 min. Classificação Indicativa: Livre.
Onde: Cineteatro São Luiz (presencial)

De 05 a 07/11 (Sexta-feira, Sábado e Domingo)

Exibição dos três espetáculos no canal da Quitanda Soluções Criativas no YouTube.

SERVIÇO

Giro das Artes
De 27 a 31 de outubro de 2021
Quarta, quinta, sexta e sábado, às 19h, domingo, às 18h
Local: Cineteatro São Luiz
Rua Major Facundo, 500 – Centro, Fortaleza-CE
>> De 05 a 07 de novembro no canal Quitanda Soluções Criativas no YouTube.
Ingresso: Gratuito – Reserva no Sympla: https://bileto.sympla.com.br/event/69594
Informações: (85)3235.4063

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