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Está disponível no YouTube o documentário Estudos para um Caminhar sob direção de Ulysses Cruz, Mariana Muniz e Luis Arrieta

Crédito da foto: Claudio Gimenez

Com 20 anos de trajetória, a Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança apresenta o documentário Estudos para um Caminhar. Depois de uma bem-sucedida imersão na poética do músico, maestro e múltiplo artista Guilherme Vaz (1948-2018) com A Um Passo da Aurora, último trabalho da companhia, a Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança dá continuidade ao processo de investigação das relações entre pensamento, corpo e gestos, em dança-teatro.

Estudos para um Caminhar é um documentário poético, onde Mariana Muniz e Luis Arrieta, pela primeira vez juntos em cena, mergulham em suas memórias de criadores e intérpretes, alimentados pelo diálogo entre os saberes em dança e teatro. É também um trabalho que homenageia a professora de Artes Corporais Orientais, Maria Lúcia Lee, tradutora e comentarista do Dao De Jing.

Muitas questões impulsionaram este caminhar: entre elas, a curiosidade por saber que situações ou paisagens cênicas se constituiriam a partir desse mergulho poético, e, como os corpos de performers mais velhos criariam a partir das experiências e aprendizados, que os constituem como artistas da cena.

“Criamos, junto com uma grande equipe, uma obra vídeo-documental e coreográfica, onde movimentos e textos se combinam numa dramaturgia que engloba o fazer |dança | teatro e dá suporte ao jogo ficcional de nossas memórias de artistas.”, diz Mariana Muniz.

O público irá assistir a trechos de uma articulação entre imagens das danças e textos dos artistas, num exercício de caminhar pelo repertório coreográfico, que inclui novas criações, redimensionadas por este momento de nossa realidade social e política.

O documentário foi contemplado pelo Programa de Ação Cultural – PROAC, do Governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, realizado pela MoviCena Produções. A direção audiovisual é assinada por Osmar Zampieri e a direção artística por Ulysses Cruz.

Trinta Raios convergem para o centro da roda;
É o vazio do centro que move o carro.
A argila é modelada na forma de uma vasilha;
É o vazio de seu bojo que o faz útil
Abrem-se portas e janelas para construir uma casa;
É o vazio de seu interior que o torna habitável.
Portanto nos servimos da forma para utilizar o vazio.
(Tao Te King. Capítulo 11. Tradução, Maria Lúcia Lee)

Sobre a Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança

A Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança foi criada no ano 2000. Desde então vem desenvolvendo trabalhos voltados para a pesquisa das relações entre palavra e movimento, e as conexões expressivas entre poesia e dança. Ao longo de sua trajetória, realizou trabalhos de teatro-dança, onde a poesia de artistas como Florbela Espanca – Dantea-, Ferreira Gullar – Túfuns – e Arnaldo Antunes – Rimas no Corpo- serviram de referência para o exercício de múltiplas qualidades de trânsito entre a palavra e o movimento e, cuja excelência, atesta os muitos prêmios recebidos. A partir de 2007, com o incentivo da 2ª Edital de Fomento à Dança da SMC da cidade de São Paulo, a Companhia ampliou sua equipe de trabalho e deu início a um processo de investigação das redes de articulação entre artes plásticas e dança contemporânea, com referência no artista plástico brasileiro Hélio Oiticica. Deste mergulho no universo plástico nasceram três projetos-Parangolés, Nucleares e Penetráveis. Em 2009, com apoio do 5º Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo, realizamos Nucleares, ancorados pela ideia de “Experimentar o experimental”, a Cia. Mariana Muniz continua sua trajetória de pesquisa cênica, comprometida com o hibridismo de linguagens na arte, propondo-se aprofundar a exploração dos limites entre questões cênicas, coreográficas, dramatúrgicas, visuais e performáticas. Em Nucleares (2008/09) e Parangolés (2007/08), mais do que a criação de um produto cênico – com referência no trabalho do artista plástico brasileiro, Hélio Oiticica –, onde se interessa pela discussão das diferentes “tonalidades”, as corporeidades que podem surgir de uma liberdade de investigação que está na própria gênese da obra do artista carioca. A companhia, nas incursões em trabalhos solos, realiza “Speranza! Dona Esperança!” com direção de José Possi Neto e estreia em 2009. Em 2010, estreia Po-éticas; uma releitura de três projetos de dança e teatro: Dantea, Túfuns e Rimas no Corpo, solos realizados por Mariana Muniz. Em 2011, estreia de Penetráveis (2010/2011), apoio do 11º Edital de Fomento à Dança, com temporada na Galeria Vermelho e apresentação no Festival Sansacroma. Em 2012, circula com o Projeto “Trilogia Hélio Oiticica” pela cidade de São Paulo e recebe apoio do ProAC para criação de GESTOS e o suporte da FUNARTE para realização do projeto In-Corpo-R-Ações. Em 2013/14, circula com GESTOS e In-Corpo-R-Ações pela cidade de São Paulo com o apoio do 14º Edital de Fomento à Dança da Cidade de São Paulo. Em 2014/2015 recebe o apoio do ProAC de produções inéditas e temporada para criação e apresentação do solo D’Existir. Em 2015/2016 é contemplada com o XVIII Edital do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo para realizar o projeto TRAJETÓRIA(S), que recebe é premiado na categoria Difusão da Dança pelo PRÊMIO DENILTO GOMES DE DANÇA 2015 da Cooperativa Paulista de Teatro. Em 2016/2017 é contemplada com o XXI Edital do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo para realizar o projeto Estudos sobre Fados e Afins, que resultou no solo de dança Fados e Outros Afins, sendo indicado ao Prêmio Governador do Estado de São Paulo 2018, Prêmio APCA e Prêmio Bravo. Em 2018 após apresentação no Sesc Palladium (Belo Horizonte), o espetáculo Fados e Outros Afins é contemplado pelo ProAC 05 – Circulação. Em 2019, estreia A Um Passo da Aurora, com o suporte do 25º Edital do Fomento à dança, com temporada em vários teatros de São Paulo.

Site: www.marianamuniz.com.br

Sobre Mariana Muniz

Atriz, bailarina e coreógrafa, Mariana Muniz nasceu em Pernambuco, onde começou seus estudos de dança clássica, e formou-se no Rio de Janeiro pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal. Em 1974 encontrou-se com Klauss e Angel Vianna, com quem trabalhou, e, desde então, dedica-se a investigações de linguagem na dança contemporânea e no teatro. Estudou em Nova York e estagiou na Cia. de Maguy Marin. Ganhou vários prêmios por suas atuações e projetos como intérprete e coreógrafa em dança e teatro: Indicada aos prêmios: APCA 2018, Governador do Estado 2018 e Bravo 2018, pelo solo Fados e Outros Afins; Ganhou os prêmios Denilto Gomes- 2015; (4) APCA); APCA de melhor intérprete em dança em “Dantea” (2000); APCA de melhor autora – intérprete em dança em “Paidiá” (1989); APCA de revelação como coreógrafa em “Corpo de Baile” (1988); (3) APETESP – APETESP de melhor coreografia em “Pássaro do Poente” (1987); APCA de melhor intérprete em “Blas-Fêmeas” (1987); APETESP de melhor coreografia em “O Corpo Estrangeiro” (1986).e Mambembe de melhor atriz coadjuvante; indicada ao prêmio Shell de melhor atriz, 2009. Mariana Muniz participou, em 2017, com o grupo Tapa, do festival Que Absurdo!, quando atuou nas peças: As Criadas e A Cantora Careca. Em 2019, fez parte do elenco de “O Jardim das Cerejeiras”, sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. Em 2020 apresentou, em versão on-line, os textos “Sônia” de Thaigo Sogayar Bechara soba direção de Elias Andreato e “Sete Histórias de Ezter Liu’, sob direção de Clara Carvalho. Atualmente, continua participando de produções teatrais, junto ao Grupo Tapa, e também dá continuidade ao seu fazer artístico participando como diretora e intérprete de espetáculos teatrais e criando os seus próprios espetáculos junto com a sua companhia- Cia Mariana Muniz de Teatro e Dança-, onde mistura, de maneira muito própria, o teatro com a dança, em parceria com o arquiteto Cláudio Gimenez. Além da atriz, bailarina e coreógrafa, Mariana Muniz é eutonista, formada em 2008 pelo IV Curso de Formação em Eutonia e ex – docente da Faculdade de Dança da Universidade Anhembi-Morumbi. Sobre seu trabalho, Helena Katz, crítica de dança, escreveu: “Em cada uma de suas realizações, sempre ofereceu sínteses entre o que carregava no seu corpo de profissional de dança e as demandas específicas do fazer teatral.”

Sobre Luis Arrieta

Coreógrafo, bailarino, professor e pesquisador, com mais de 150 criações de assinatura inconfundível, iniciou-se em Buenos Aires e desenvolveu seus estudos e carreira principalmente no Brasil. Diretor, co-diretor, assistente, mâitre, pesquisador e coreógrafo das mais importantes companhias assim como mentor e colaborador de escolas e grupos iniciantes no âmbito nacional, também atua na América Latina, Estados Unidos e Europa em montagens e turnês. Considerado um dos mais importantes influentes e respeitáveis na dança no país. Reconhecido com inúmeros prêmios, menções honrosas, registros e livros biográficos pelo seu trabalho na área. Luis Arrieta apresenta-se na sua maturidade em especiais eventos de dança trazendo ao palco toda a sua experiência e sensibilidade interpretando próprias criações.

Sobre Ulysses Cruz

Diretor de teatro e TV. Direção geral e artística de novelas, minisséries e linha de shows TV Globo 2001 a 2015. Criança Esperança, Domingão do Faustão, Eterna Magia, Sítio do Pica Pau Amarelo, O Pequeno Alquimista, Um Só Coração, Sabor da Paixão, Estrela Guia, Presença de Anita, Como Educar seus Pais, A Muralha. Diretor Artístico Jornada Mundial da Juventude JMJ Praia de Copacabana com o Papa Francisco 2013 Teatro 2018- O Leão no Inverno (James Goldman) com Regina Duarte, Leopoldo Pacheco e elenco.

Ficha técnica

Direção Artística: Ulysses Cruz
Direção Audiovisual e Roteiro: Osmar Zampieri
Direção de Produção: MoviCena Produções
Intérpretes: Luis Arrieta e Mariana Muniz
Assistente de Ensaio: Pedro Scalice
Ambientação Sonora: Gregory Slivar
Ambientação de Espaço: Ulysses Cruz
Ambientação de Luz: Hernandes de Oliveira
Arte Gráfica: Rafael Petri
Fotos: Cláudio Gimenez
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
Agradecimentos: Maria Lúcia Lee, Espaço Ghut, Fábio Namatame, Ruth Rachou, José Possi Neto, Mara Borba, Prof Dr Tibor Simcsik, Inélia Garcia, Daniela Stasi, Escola de dança Gisele Bellot, Marcos Gabanini, Denise Passos e Irupé Sarmiento.

Serviço

Documentário Estudos para um Caminhar
Cia. Mariana Muniz de Teatro e Dança
Temporada até 02 de dezembro de 2021
Vídeo documentário exibido no YouTube – www.youtube.com/movicenaproducoes

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