Companhia Giradança estreia Dança Que Ninguém Quer Ver em São Paulo e Belo Horizonte

Dez anos em comemoração ao Giradança e nada mais desnudo, que expõe toda a essência e limpidez ao qual a Companhia compreende, nesse tempo, de expressões sentimentais através do corpo, como o projeto e espetáculo ‘Dança Que Ninguém Quer Ver’. Uma obra coletiva, onde assina bailarinos, direção artística e tem direção coreográfica de Alexandre Américo

Conexão é uma das palavras-chaves da CIA. Experiência entre dança contemporânea e expressões artísticas em vídeo e o próprio teatro, na sua atualidade, foram inseridos no processo de inoculação do projeto que está dividido em três eixos principais, como o grupo assim o classifica.

O primeiro consiste na residência artística, possibilitando a inclusão do diálogo de elaboração da proposta cênica entre bailarinos, direção artística e os pesquisadores convidados. Cada encontro e processo de criação foram filmados e transmitidos via Periscope, o que o chamaram por ‘período de enclausuramento’, coletando assim, também, comentários dos internautas, criando uma relação de intervenção e outras dimensões ampliadas.

O segundo é a elaboração, ou seja, a montagem do espetáculo com partilha de ideias. Enfim, o terceiro, correspondente a circulação da obra e o próprio amadurecimento cênico. Com patrocínio do Banco Itaú, O Boticário na Dança, Apoio do Rumos através da Lei de Incetivo Federal e com realização da Companhia Giradança, Ministério da Cultura e Governo Federal o grupo chega ao Itaú Cultural nos dias 22 a 25 de outubro com para estreia da ‘Dança Que Ninguém Quer Ver’ e nos dias 29 e 30 de outubro em Belo Horizonte tornando visível “a porcentagem daquilo que não se tornou vírus”, como o jornalista e crítico Marcos Bragatto expressa.

E ainda, “que dança é essa que nós queremos fazer/ser enquanto bando de dança?” questiona-se a Cia. E o público?! Após essa primeira apresentação, em São Paulo, terão eles a resposta? Será que o público realmente não quer ver? Essa dança é repleta de tensões e estruturas situacionais abertas à improvisação, que potencializam a fricção entre as particularidades. Uma superexposição das condições de vida do Giradança.

RELEASE ESPETÁCULO

Na linearidade do tempo estamos nós, como em um ponto. Dez anos se passam e as fissuras dessa linha são marcadas, sobretudo, por atitudes resistentes. Atitudes estas, que nos fazem existir enquanto sujeitos que dançam neste período pós-moderno. A superexposição das condições da vida da Cia Gira Dança, enquanto bando que (R) existe, a partir das contaminações/interferências provocadas pelos indivíduos residentes que, de algum modo, atravessaram o trajeto desse trabalho. Nos faz carnificar em dança as questões de nos assolam provisoriamente, mas sobretudo, incita-nos a responder, para além do título Dança Que Ninguém Quer Ver, a grande pergunta: Que dança é essa que nós queremos fazer/ser enquanto bando que dança? Para tanto, acreditamos ser essencial um trabalho de cunho processual e colaborativo, repleto de tensões e estruturas situacionais abertas à improvisação, que potencializem a fricção entre as particularidades destes seres dançantes no instante do acontecimento dança. Em suma, parafraseando o Marcos Bragato, a tentativa será de tornar visível “a porcentagem daquilo que não se tornou vírus”.

COMPANHIA GIRADANÇA

Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea formada por bailarinos com corpos diferenciados que tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem própria, voltada para o conceito do corpo como ferramenta de experiências.

A companhia, sediada em Natal/RN em 2005, foi fundada pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais, teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão Sócio-cultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005 e, desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos, limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea.

Aliado ao trabalho corpóreo, a companhia usa sua arte para instigar nos espectadores a discussão sobre os limites do corpo, além de desenvolver ações sociais, dentre as quais estão à realização de palestras e oficinas em instituições de ensino e organizações corporativas.

FICHA TÉCNICA

Concepção e Direção Coreográfica: Alexandre Américo
Direção Artística: Anderson Leão
Bailarinos criadores: Anderson Leão, Ana Carolina, Diogo Ricardo, Álvaro Dantas, Jânia Santos, Joselma Soares, Rene Loui e Wilson Macário.
Residentes: Leandro Berton(SP), Edu O. (BA), Mathieu Duvignaud (FR) e Marcos Bragato(SP)
Núcleo Dramatúrgico: Álvaro Dantas e René Loui
Trilha sonora: Toni Gregório
Design de luz: Camila Tiago
Operação de luz: Alisson Galdino
Figurino: Yago
Criação cenográfica: Mathieu Duvignaud
Assistente – produção cenográfica: Roberto Morais
Produção Executiva: Celso Filho
Assistente de produção: Rene Loui
Consultoria de projetos: Ana Paula Medeiros
Agenciamento de projetos: Celso Filho
Fotografia e vídeo: Artur Abrantes
Edição de Vídeo: Artur Abrantes
Fotografia – divulgação: Morvan França
Direção e imagem | vídeo documentário Giradança 10 anos: Carito Cavalcanti
Mídias sociais: Nathalia Santana
Programação Visual e Web Designer: Anderson Leão
Direção Financeira: Cecília Amara
Direção Administrativa: Roberto Morais
Elenco companhia: Anderson Leão, Diogo Ricardo, Álvaro Dantas, Jânia Santos, Joselma Soares, Rene Loui, Wilson Macário, Ana Carolina, Marconi Araújo, Rozeane Oliveira, Evaldo Moreno, Rudson Bolcante, Rodrigo Minotti, Caio Macário e Ariadna Medeiros
Assessoria de Imprensa: Gustavo Farache – G7 Comunicação

VÍDEO

SERVIÇO

São Paulo
Mostra Rumos – Dança que Ninguém Quer Ver
Companhia Giradança
De 22 a 25 de outubro de 2015
Quinta a sábado, às 21h, domingo, às 19h
Local: Itau Cultural
Avenida Paulista, 149 – Piso 2 – São Paulo/SP
Ingressos: Grátis (distribuição de ingressos meia hora antes do início do espetáculo)
Duração: aproximada 50 minutos
Classificação: 12 anos

Belo Horizonte
Dança que Ninguém Quer Ver
Companhia Giradança
Dias 29 e 30 de outubro de 2015
Quinta e sexta, às 20h
Local: Espaço Cultural Ambiente
R. Grão Pará, 185 – Santa Efigenia – Belo Horizonte/MG
Ingressos: R$10,00 (inteira)
Duração: aproximada 50 minutos
Classificação: 12 anos