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Cias de Dança de SP se reúnem para uma mostra coletiva neste domingo

Crédito da foto: Divulgação
Cena de Esgares, da Sopro Cia de Dança

Num formato inédito, Companhias que são referências na dança apresentam neste domingo, 20 de março, às 16h30, pockets de suas obras usualmente apresentadas para grandes plateias. MÚLTIPLA Cias de Dança é uma iniciativa de  companhias profissionais atuantes, com diferentes estilos de dança entre si, mas unidas pela beleza e resistência do fazer artístico.

Após longo período longe dos palcos, diante de incertezas e desafios que o setor da cultura atravessa, reunir um elenco de companhias como este é praticamente um manifesto cheio de esperança e vontade da dança seguir em frente.

Um convite para experimentar um pouco da produção de oito companhias profissionais nesse formato brilhante e único de apresentação.

Cias no palco

Anacã Cia de Dança
– #NOFILTER

Um fragmento do espetáculo em processo de criação para a ANACÃ COMPANHIA de DANÇA, #NOFILTER propõe através da dança questões da imagem pessoal e o papel que a mesma tem assumido na sociedade contemporânea.

Cia de Dança Anderson Couto
– No Espaço do Corpo

Corpo espaço corpo, websérie de videodança da Cia de Dança Anderson Couto, investiga as condições subjetivas do espaço a partir da ideia de que, mais do que um sistema para a dança – cenário –, o espaço é um dispositivo determinante para a construção do movimento. A obra, apoiada na confluência entre Dança e Arquitetura, convida a uma imersão sinestésica e sensorial no espaço, ao mesmo tempo em que instiga a uma reflexão sobre os sentidos poéticos, estéticos e dramatúrgicos de criação em dança contemporânea.

Companhia de Danças de Diadema
– Retrato

Em 1999, Ivonice Satie criou e interpretou o solo “Retrato”. Ela costumava dizer que esta coreografia era “sua radiografia”. Algo que a deixava inquieta interiormente, era o conflito entre as duas culturas – oriental e ocidental. Ivonice teve uma criação oriental e dela herdou a vontade e a disciplina. E como ela gostava de lembrar: “a liberdade de expressão, herdei do Brasil”. Este solo, interpretado nos tempos atuais, presta uma homenagem à memória de Ivonice Satie, grande artista da dança e fundadora da Companhia de Danças de Diadema.

Cia de Dança de Ubatuba
– Toda forma de amar o amor

O fragmento apresentado particulariza a obra “Toda Forma de Amar o Amor”, que na sua versão completa tem como ponto de partida o amor e seus desdobramentos, esmiuçando as relações humanas para uma leitura reflexiva de que todos os sentimentos não passam de formas do amor se comportar. A inspiração parte do poema de Chico Xavier ‘Tudo É Amor’, que nestes retratos elucida a “paixão”, como o amor que se desequilibra, e o “ciúme” como o amor que se desvaira.

Grupo Divinadança
– Céu Cinzento (2015)

A obra remete ao eterno arquétipo do amor impossível presente no imaginário coletivo e representado em obras como em Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Orfeu e Eurídice. A coreografia é inspirada nessas histórias de amores destinados a um desfecho trágico e questiona: qual seria o curso dos amantes da tragédia se eles ficassem cegos em vez de morrerem?

Raça Cia de Dança
– Music, Body and Soul

O poema de Pablo Neruda – “Pido Silêncio” – que entrecorta a obra, traz a voz como instrumento. O silêncio é revelado pelas nuances, pelos encontros, duos e conjuntos num jazz lírico que desenha o gesto no ar e dá vida à música.
É Música, Corpo e Alma para dançar quem somos. Música para ver, dança para sentir.

São Paulo Cia de Dança (SPCD)
– Umbó

Para conceber Umbó, Leilane Teles se baseou em uma premissa batizada por ela como “a criação do desejo”, que fala sobre o desejo de se tornar quem se quer ser a partir de determinada referência e como isso reverbera no corpo de cada um. Nesse sentido, o ato de ser inspirado também produz inspiração, gerando um ciclo infinito. O cantor e compositor Tiganá Santana, a cantora Virginia Rodrigues e o coreógrafo Matias Santiago são o ponto de partida de Umbó, que convida o público a apreciar e reverenciar as artes e trajetórias dessas personalidades, bem como os bailarinos em cena e todos os artistas envolvidos na concepção da obra.

Sopro Cia de Dança
– Esgares

Esgares trata de movimentos de corpo e gesto cômico da nossa vida cotidiana, aspectos ou jeito que o rosto assume em determinadas situações, sendo intencional ou involuntariamente, onde os bailarinos desenvolvem um balé onde sons e movimentos se interagem na arte contemporânea, a partir de músicas de Edith Piaf, mítica cantora teve trajetória marcada pela sua voracidade emocional, o trabalho se desenvolve em sequências de movimentos em formas de trejeitos fisionômicos, mesclando nos limites da dança, teatro e poesia, formando um híbrido na arte, que é a miscigenação da cultura brasileira.

Ficha técnica

Realização: Múltipla Cias de Dança (Coletivo e Movimento Artístico)
Produção: Anderson Couto, Andrea Pivatto, Cristina Morales
Co-produção: Ana Bottosso, Associação Pró-Dança, Brisa Diamante, Edy Wilson, Renan Rodrigues, Roberto Amorim e Tatiana Portella

Serviço

MÚLTIPLA Cias de Dança
Dia 20 de março de 2022
Domingo, às 16h30
Local: Teatro Sérgio Cardoso
R. Rui Barbosa, 153 – Bela Vista, São Paulo – SP
Ingresso: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia)

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