BeHoppers estreia novo vídeo nas plataformas digitais

23/06/202023/06/2020 Tarcísio Cunha 1736 Views 0 Comments

Crédito da foto: Gilberto Goulart

O vídeo dança sempre foi uma forma de união dos dançarinos de swing jazz de BH. Antes do período de isolamento social ser necessário em Belo Horizonte, os BeHoppers se uniram para gravação de um último vídeo e o resultado foi publicado no último dia 15.

Tranky Doo por BeHoppers foi uma produção independente do grupo. Os BeHoppers são um coletivo conhecido na cena de dança da capital por sua dedicação às swing dances e à promoção desse ritmo contagiante por meio de eventos em espaços públicos, como praças e parques.

Desde o “ICharleston Belo Horizonte”, vídeo onde dançarinos ocupam diversos pontos turísticos da cidade, o grupo fez diversas produções audiovisuais, dando preferência por dançar em diferentes locais da cidade, dessa vez a produção aconteceu em um espaço interno. As filmagens aconteceram na galeria “Genesco Murta” na Fundação Clóvis Salgado, e contaram com mais de 20 dançarinos.

A escolha da coreografia também não foi aleatória. O vídeo mostra um diálogo entre o antigo e o novo, quando intercala a coreografia clássica chamada Tranky Doo, criada por Frankie Manning por volta de 1940, com uma versão contemporânea da mesma, adaptada pelos dançarinos canadenses Jessica Nelson e Kenny Nelson em 2005.

O destaque do vídeo é a edição extremamente dinâmica. Ao longo da obra, a tela se divide em várias partes, mostrando movimentos e cores diferentes. Em alguns momentos a edição inclusive interage com os Dançarinos e dança junto com eles. O vídeo dança foi filmado e editado pelo artista local Gilberto Goulart, que tem se destacado em produções audiovisuais voltadas para a dança nos últimos anos. Gilberto também é listado como co-diretor do projeto, junto com Fabrício Martins e Marina Campos que atuaram também na produção e roteiro.

Para possibilitar a produção, os BeHoppers contaram com o apoio de uma equipe de profissionais, como o premiado iluminador Geraldo Octaviano, atual professor da Fundação Clóvis Salgado, e Laura Mieko estudante de do curso de Tecnologia da Cena do Cefart – Centro de Formação Artística e Tecnológica da FCS; . Eles criaram as cores que chamam tanto a atenção e cativam quem está assistindo o vídeo.

A gravação do vídeo dança foi a última ação dos BeHoppers antes de optarem por cancelar seus eventos, por motivos de segurança devido a pandemia do Convid 19. O resultado do vídeo, deixou todos nostálgicos, porém felizes e esperançosos. O grupo estava com um espetáculo marcado no Teatro Marília como parte da programação do Terça na Dança, onde entraria em cartaz novamente o espetáculo Avenida Lenox. A apresentação foi cancelada quando o isolamento social se fez necessário. Entretanto, os BeHoppers participaram na versão online do projeto.

O Lindy Hop

O lindy hop é um estilo de dança contagiante, surgido no fim dos anos 1920, no Harlem, em Nova York, e que nos últimos anos tem conquistado dançarinos no Brasil, com foco nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O lindy é dançado, principalmente, ao som do swing jazz das big bands que também nasceram naquela época, como as de Benny Goodman, Count Basie e Duke Ellington. A grande riqueza de possibilidades do estilo estimula o improviso e a liberdade individual. Frankie Manning, considerado o embaixador do lindy, dizia nunca ter visto um dançarino de lindy hop que não estivesse sorrindo.

Os BeHoppers

Criado em BH para promover o Lindy Hop, dança surgida no fim dos anos 1920 no Harlem, em Nova York, os BeHoppers tiraram das iniciais da capital mineira a inspiração para o nome do grupo, conhecido por suas apresentações em espaços públicos da capital e vídeos que homenageiam a capital e, claro, o Lindy Hop, estilo dançado ao som do swing jazz eternizado por músicos como Chick Webb, Louis Armstrong, Count Basie, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, entre outros.