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Ballet Stagium celebra 50 anos de existência com o espetáculo “Memória e Fluorescência”, no Sesc Santo André

Crédito da foto: Arnaldo J. G. Torres 

Em celebração aos 50 anos de sua história, o Ballet Stagium apresenta o espetáculo “Memória e Fluorescência”, no teatro do Sesc Santo André. A montagem, que junta duas peças no mesmo programa, articula o passado e presente da trajetória da Companhia, não como arquivo, mas como fonte viva de sua existência e resistência. As apresentações acontecem nos dias 18 e 19 de fevereiro, sexta-feira, às 21h e sábado, às 20h.

Memória e Fluorescência 

Trazer a Memória de um processo significa entrar em contato com a natureza do tempo, num trânsito constante entre a experiência vivida e as percepções que se criam em torno dela. Apresentar instantes da memória do Ballet Stagium, neste momento, implica em encontrar possibilidades que tornem este processo coletivamente consciente.

Fluorescência tem como matéria substancial o nosso tempo/espaço presente. O colapso que vivenciamos é a demonstração evidente do fato de que o imprevisto sempre muda as perspectivas do inevitável. A palavra fluorescência advém do vocabulário da física, sendo a propriedade que certos corpos possuem de emitir luz quando expostos a radiações. “Fluorescência” propõe um diálogo entre vários pontos de vista, escapando assim do juízo e da ilusão de qualquer tipo de “verdade última”, unificadora ou absoluta.

Na grande ciranda do espetáculo, os passos e contra/tempos de Maria Bethânia, Luckas Foss, João Apolinário, John Cage e Oswaldo Mendes revolvem e redesenham o presente, pois é nele que repousa exclusivamente a nossa existência, nos comprometendo a uma viva experiência de Liberdade.

A junção do passado com o presente evidencia que ainda há muito futuro. Os espetáculos “Memória” “Fluorescência”, sozinhos, carregam muitos sentidos, mas juntos eles ressignificam toda a trajetória desta companhia de dança, reconhecida nacionalmente por seu projeto de engajamento político.

Ballet Stagium  

Foi fundado em 1971, por Márika Gidali e Décio Otero, por meio de um projeto amplo, a apontar uma política cultural para o país. Desde então, são 50 anos com pés no presente e olhos no futuro, dançando o Brasil, a sua gente, o seu tempo, tecendo sua história com base nas indagações: o que dançar? Para quem dançar? E como dançar?

Suas apresentações, adaptáveis a qualquer contexto, podem ser levadas para todo lugar, desde pátios de escolas públicas das periferias dos grandes centros até favelas, igrejas, praias, hospitais, estações de metrô ou presídios. As montagens viajam por todo o Brasil e incorporam características dos locais por onde passam e trazem também referências da música popular brasileira em sua trilha sonora.

Vários compositores criaram partituras originais para o Stagium, dentre eles grandes personalidades como Milton Nascimento (Missa dos Quilombos), Egberto Gismonti (Pantanal), William Sena (O Homem do Madeiro), Aylton Escobar (Quebradas do Mundaréu), André Abujamra (Shamain) e Marcelo Petragli (Luminescência).

A companhia conquistou o público por todo o país e já realizou mais de 3 mil apresentações, assistidas por mais de 1,8 milhão de pessoas, isso só no período de 1971 a 2009. Em seus 50 anos de trajetória, o Ballet Stagium continua coerente com a linha estética pela qual optou nos anos 70, mantendo o engajamento político e o compromisso com a cultura brasileira.

Ficha Técnica 

Ideia e Coreografia: Décio Otero Direção Teatral: Márika Gidali Música: Lukas Fosss, Bethoven, John Cage Intérprete: Maria Bethânia Poesia: Pedro Abrunhosa e João Apolinário Narração: Oswaldo Mendes Edição da Trilha Sonora: Aharon Gidali Iluminação: Fernanda Guedelha Bailarinos: Marcos Palmeira, Ádria Sobral, John Santos, Eugenio Gidali, Pedro Vinicius Bueno, Nathália Cristina, Eduarda Julio, Gabriela Bacaycoa, Tatyane Tieri, Leila Barros e Jonathan Neves. Estagiária: Bruna Costa Professores: Raphael Panta, Aline Campos e Iryna Kozareva Produção: Marika Gidali, Antonio Marcos Palmeira e Fabio Villardi.

Protocolos – Para adentrar as unidades do Sesc, no estado de São Paulo, é necessário apresentar comprovação da vacina contra a Covid-19, junto com um documento com foto.
- Maiores de 12 anos devem apresentar o comprovante contendo as DUAS doses ou dose única da vacina.
– Crianças de 05 a 11 anos devem apresentar o comprovante evidenciando UMA dose (conforme calendário do município).

O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConectSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Mais informações em: www.sescsp.org.br/voltagradual. O uso de máscaras cobrindo nariz e boca é obrigatório durante o tempo de permanência nos espaços.

Teatros – Os teatros do Sesc operam, neste momento, com capacidade reduzida de público. Com distanciamento seguro entre fileiras e cadeiras e uso obrigatório de máscaras cobrindo nariz e boca durante todo tempo de permanência, a unidade segue rigorosamente os protocolos para contenção do coronavírus. Os shows, peças teatrais, espetáculos de dança e circo tem ingressos marcados, que podem ser adquiridos online, pelo Portal Sesc SP, ou presencialmente nas bilheterias das unidades que integram a Rede Sesc SP.

Serviço

Memória e Fluorescência
Ballet Stagium
Dias 18 e 19 de fevereiro de 2022
Sexta às 21h e sábado às 20h
Local: Sesc Santo André
Rua Tamarutaca, 302 – Vila Guiomar, Santo André – SP
Ingresso: R$ 40,00 (inteira), R$ 20,00 (meia-entrada) para público com Credencial Plena válida e categorias elegíveis ao desconto de 50%, de acordo com a legislação vigente.
Informações: (11) 4469-1200
Classificação etária: 12 anos.
Duração: 68 minutos

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