Notícias

Caixa Cultural SP recebe Ballet Stagium com o espetáculo Mané Gostoso

Ballet stagium - mane gostoso

Foi seguindo o objetivo de resgatar as mais puras raízes nordestinas, que a companhia de dança Ballet Stagium e o grupo musical Quinteto Violado trabalharam juntos na concepção de Mané Gostoso, em 2007. Quase 10 anos após sua concepção, o espetáculo chega com o mesmo frescor à CAIXA Cultural São Paulo para curta temporada, entre os dias 19 e 28 de fevereiro de 2016, com entrada gratuita.

Apoiado na vigorosa coreografia assinada por Décio Otero, na direção cênica de Marika Gidali e nas músicas gravadas especialmente para o espetáculo pelo conjunto pernambucano Quinteto Violado, “Mané Gostoso” mistura popular e erudito, marcado pelo bom-humor, pela grandeza poética e, ao mesmo tempo, pela simplicidade. É genuinamente nacional e de forte identidade nordestina.

O título “Mané Gostoso” é uma alusão ao boneco feito em madeira – brinquedo infantil facilmente encontrado nas feiras nordestinas – e que tem pernas e braços movimentados por meio de cordões. É a partir desse brinquedo e da música imortalizada por Luiz Gonzaga que o Ballet Stagium mostra toda a riqueza da cultura nordestina. “São momentos de intensa atividade musical e de coreografias vigorosas”, conta Marika Gidali. “Achamos por bem unir esses dois grupos, o Ballet Stagium e o Quinteto Violado, que têm dado continuidade a trabalhos significativos em prol da dança e da música brasileiras”, complementa Décio Otero.

A trilha sonora é composta pelas músicas: Vida (Dudu Alves), Hino da Ceroula (Milton Bezerra de Alencar), Assum Preto (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), Dona Aninha (Toinho Alves e Roberta Santana), Sete Meninas (Toinho Alves e Dominguinhos), P’ronde Tu Vai Luiz? (Luiz Gonzaga e Zé Dantas), Forró de Mané Vito (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) e Asa Branca (Luiza Gonzaga e Humberto Teixeira). A coreografia e os arranjos do Quinteto Violado fazem uma leitura contemporânea dessas músicas imortalizadas por Luiz Gonzaga.

SOBRE O BALLET STAGIUM

Fundada em 1971, na cidade de São Paulo, sob a direção de Marika Gidali e Décio Otero, a companhia contou com o apoio e influência da classe teatral local e ficou reconhecida nacionalmente por seu projeto de engajamento político. Em parceria com Ademar Guerra, o repertório enfocou temas como racismo, violência, opressões e genocídios, dançando textos proibidos pela censura, como Navalha na Carne (Plínio Marcos) sob o título Quebras do Mundaréu (1975), revelando ousadia para a época. Entre tantas inovações, foi também a primeira a utilizar música popular brasileira na trilha sonora.

Desde sua criação, fez inúmeras viagens por todo o Brasil. Do extremo norte ao extremo sul do país, num convés da barca Juarez Távora durante quinze dias no Rio São Francisco ou no chão batido das terras indígenas do Alto Xingu, sempre incorporando em seus espetáculos as linguagens dos locais por onde passava. Com coreografias adaptáveis a qualquer cenário, fizeram e ainda fazem apresentações em pátios de escolas públicas das periferias, favelas, igrejas, praias, hospitais, estações de metrô ou presídios. Em 1981, Marika Gidali realizou seu grande sonho: criou o projeto “Escola Stagium” e levou mais de 80 mil crianças e adolescentes da periferia da cidade de São Paulo, para assistirem a espetáculos de dança.

A companhia Ballet Stagium continua sendo coordenada por Marika Gidali e Décio Otero e conta com mais de 80 coreografias no decorrer desses 45 anos de história.

FICHA TÉCNICA

Coreografia: Décio Otero.
Direção Teatral: Marika Gidali.
Criação de Luz: Décio Otero e Edgard Duprat.
Trilha gravada: Quinteto Violado
Sonoplastía: Marcelo Aharon Jannuzzi.
Figurinos e Cenário: Márcio Tadeu.
Produção: Fabio Villardi.
Fotografia: Arnaldo J G Torres.
Elenco: Ariadne Okuyama, Camila Lacerda, Eduardo Mascheti, Eugenio Gidali, John Santos, Márcia Freire, Paula Perillo, Bruno Fortunato, Roberta Silva, Cristiano Souza e Marcos Palmeira

SERVIÇO

Mané Gostoso
Ballet Stagium
De 19 a 28 de fevereiro de 2016
Sexta e sábado às 19h15, domingo às 18h.
Local: CAIXA Cultural São Paulo
Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo/SP
Ingressos: Entrada franca (ingressos distribuídos uma hora antes do espetáculo, limitado a um par por pessoa)
Informações: (11) 3321-4400
Classificação indicativa: livre
Duração: 1 hora
Capacidade: 80 lugares
Patrocínio: Caixa Econômica Federal