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São Paulo Companhia de Dança na Temporada de Dança 2012

A São Paulo Companhia de Dança foi criada em janeiro de 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo. Seu repertório contempla remontagens de obras clássicas e modernas, além de peças inéditas, criadas especificamente para o seu corpo de bailarinos. A Companhia é um lugar de encontro dos mais diversos artistas – como fotógrafos, professores convidados, remontadores, escritores, artistas plásticos, cartunistas, músicos, figurinistas, e outros – para que se possa pensar em um projeto brasileiro de dança.

Bachiana Nº 1 (2012)
Estreia pela SPCD: 2012, Teatro Municipal Dr. Losso Neto, Piracicaba, São Paulo
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Bachianas Brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos
Execução: Violoncelistas da Osesp (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), com participação especial de Antonio Meneses e regência de Roberto Minczuk (gravação selo BIS, 2003)
Duração: 19 minutos com 15 bailarinos

Inspirado pela Bachianas Brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos, Rodrigo Pederneiras criou para a São Paulo Companhia de Dança a obra Bachiana Nº 1, peça em que a dança responde à estrutura íntima da música. A coreografia, dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Para o coreógrafo, “é um balé abstrato e apaixonado. Os violoncelos que se sucedem a cada parte da música já traduzem o gesto em si”, e dessa afinação entre som e movimento surge a obra, que ganha acentos particulares no corpo de cada intérprete. Em Bachiana Nº 1, pode-se reconhecer a linguagem característica desse grande coreógrafo da dança brasileira, bem como as nuances de uma criação específica para bailarinos de uma companhia de repertório, em que a versatilidade dos intérpretes traz novas ênfases à linguagem de Pederneiras.

Sechs Tänze (1986)
Estreia mundial: 1986, Nederlands Dans Theatre, Het Muziekttheater, Amsterdã
Estreia pela SPCD: 2010, Teatro Alfa, São Paulo
Concepção, coreografia, cenografia e figurinos: Jirí Kylián
Música: Sechs Deustsche Tänze KV 571, de Wolfgang Amadeus Mozart
Remontador: Patrick Delcroix
Duração: 13 minutos com 13 bailarinos

Sechs Tänze, de Jirí Kylián é um trabalho que une dança e humor. O coreógrafo compôs seis peças aparentemente sem sentido que dialogam para protestar e fazer uma crítica aos valores vigentes à época em que as Sechs Deustsche Tänze KV 571, de Mozart, foram compostas. Nas palavras de Kylián: “A música de Mozart foi o principal elemento para a criação de Sechs Tänze. Ele deveria ser engraçado, porque entendia e sabia fazer humor. A música é muito importante em um balé, qualquer que seja ele. E nessa montagem ela é mais rápida do que a dança. Para dançar Sechs Tänze é preciso ser veloz e colocar uma máscara. É como ser e não ser você em determinados momentos. É como ser manipulado hoje, amanhã, ontem. Fingir querer ser. Ou não.” A SPCD é a primeira companhia no Brasil a dançar uma obra de Kylián.

In the Midlle, Somewhat Elevated (ESTREIA)
Estreia mundial: 1987, Balé da Ópera de Paris, Paris, França
Estreia pela SPCD: 2012, Teatro Alfa, São Paulo
Coreografia: William Forsythe
Música: Thom Willems
Luz e figurino original: William Forsythe
Duração: 28 minutos para 9 bailarinos

Encomendada por Rudolf Nureyev em 1987 para o Ballet Ópera de Paris, In the Midlle, Somewhat Elevated é uma peça neoclássica de William Forsythe baseada percepção da velocidade – rapidez e lentidão. O coreógrafo se vale da linguagem da dança clássica para “escrever histórias de hoje”. In The Middle utiliza a forma tradicional de composição de um tema e suas variações, ou seja, Forsythe cria uma frase que se desenvolve, evolui e se transforma no corpo de cada bailarino.

Uma bailarina dança o tema de abertura e aciona progressivamente um número crescente de outros intérpretes até que o conjunto se complete com nove pessoas: seis mulheres e três homens. A música de Thom Willems apresenta acelerações e ralentamentos que dialogam com a coreografia; tanto os bailarinos quanto os espectadores são pegos de surpresa por turbulências que a peça apresenta em diferentes momentos.

Para o cenário o coreógrafo tinha pensado vários objetos cotidianos dourados, pendurados por fios invisíveis. Dessa ideia inicial, optou pela síntese, traduzida por duas cerejas, que ganharam um significado simbólico: dois pequenos espelhos que refletem a sala de espetáculos. O título da obra se refere a essas duas cerejas no meio, um pouco elevadas, na cena.

SERVIÇO

São Paulo Companhia de Dança
Bachiana Nº 1, Sechs Tänze e In the Midlle, Somewhat Elevated
Teatro Alfa
R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 – Santo Amaro – São Paulo – 04757-000
Dias: 13 a 16 de setembro
Horário: Qui. e Sáb., 21h, Sex., 21h30 e Dom., 18h
Duração: 60 minutos, mais intervalo
Classificação: Indicado para maiores de 5 anos.
Ingressos: Setor 1: R$ 70,00; Setor 2: R$ 60,00; Setor 3: R$ 40,00; Setor 4: R$: 40,00

Fonte: Teatro Alfa

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