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Grupo Silenciosas estreia Nosso Primeiras Estórias e utiliza de improviso cênico para falar sobre Guimarães Rosa

Na Oficina Cultural Oswald de Andrade, de 09 a 11 de maio, em São Paulo, o grupo de Improviso Cênico Silenciosas estreia o espetáculo NOSSO PRIMEIRAS ESTÓRIAS, sobre os 21 contos do livro “Primeiras estórias”, de Guimarães Rosa. O projeto – realizado com apoio do Fomento à Dança da Cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura – vai expor a experiência particular do grupo de contar estórias por meio dos corpos, movimentos, vozes, técnicas e linguagens, resultado de quatro anos de pesquisa sobre a obra.

Sobre Nosso Primeiras Estórias

“Se quer seguir-me, narro-lhe, não uma aventura, mas experiência, a que me induziram, alternadamente, séries de raciocínios e intuições. Tomou-me tempo, desânimos, esforços. Dela me prezo, sem vangloriar-me.”

“Não parece ser possível falar sobre os 21 contos do livro Primeiras estórias, de Guimarães Rosa, em uma única apresentação. Silenciosas não pretende fazer isso. Pretendemos falar sobre nós, sobre nossas emoções, sensações, sobre o que o livro nos disse, sobre o que ele nos ensinou. Misturamos seus personagens, seus narradores e o autor a nós mesmos, nos apropriando de estórias que nunca param de nos surpreender. Usamos nossos corpos, movimentos, nossa voz, nossas técnicas e linguagens, para expor nossa experiência ao pesquisar essa obra. Estamos no quarto ano de pesquisa e Primeiras estórias está no grupo, é inerente aos nossos corpos. Sente com a gente, converse, escute, deixa a gente te contar umas coisas, umas estórias, deixe a gente mostrar uns movimentos”, comenta o diretor Diogo Granato.

Sobre o Grupo Silenciosas

Silenciosas é um grupo de Improviso Cênico. É uma técnica que permite, ou melhor, estimula que cada intérprete utilize todos os seus conhecimentos corporais como parte de sua dança, no intuito de construir uma dança única e particular, que aproveita todas as habilidades e desabilidades de cada corpo. É uma técnica de consciência cênica e composição que visa aumentar a inteligência cênica do intérprete para trabalhar em grupo.

O objetivo é criar grupos coesos, com escuta para a composição, para as sensações/imagens que criam no espaço, e para as dramaturgias do improviso. Para isso, a pesquisa se estende na relação cênica gerada pelo encontro da arte com o público.

Trabalhamos prioritariamente com pesquisa e criação em improvisação e suas infinitas possibilidades, mas somos um grupo sempre aberto a diferentes escolhas artísticas, e já trabalhamos com coreografias e células coreográficas, quando julgamos necessário. O Improviso Cênico também serve a trabalhos coreografados, abordando presença cênica, conexão entre os intérpretes, sensações/imagens para potencializar movimentos, entre outras coisas.

Devido à heterogeneidade de nossas formações, é possível reconhecer diferentes técnicas presentes em nossos trabalhos como Contato Improvisação, Dança Contemporânea, Parkour, Acrobacias, Mão à mão, Trapézio Fixo, Mastro Chinês, Palhaço, Teatro, Música, Balé Clássico entre outras. Dentro de nossos ensaios sempre há espaço para treinamentos físicos surgidos do diálogo gerado pela heterogeneidade do grupo.

Apesar do grupo ser de artes integradas, o trabalho que nos une é o Improviso Cênico, com ênfase em improvisação Dança Teatro. Uma das principais ferramentas possibilitadoras que utilizamos no Improviso Cênico é a Sensação/Imagem. Nesse procedimento, os intérpretes sempre buscam enriquecer imagens com sensações e vice-versa. Não importa qual aspecto é enfatizado primeiro, o objetivo é equilibrar os dois, para que a imagem não fique “fora” do corpo (por exemplo, passando como se fosse um filme que o intérprete assiste passivamente) ou uma sensação não tenha como chegar aos outros por pobreza de imagem.

Equilibrando as duas, a sensação ganha uma imagem forte que a transmite, e a imagem escorre do cérebro e se espalha pelo resto do corpo com mais intensidade, assim o corpo torna-se sensação/imagem aos olhos dos outros intérpretes e da plateia. Essa é a estratégia que usamos para gerar movimentos preenchidos a partir do assunto que gostaríamos de expressar. Buscamos uma sensação/imagem a partir de um assunto, aprofundamos essas imagens/ sensações, nos apropriando delas, e deixando-as se espalhar por nossos corpos. O intuito é nos preencher de sensações/imagens cada vez mais ricas, que nos permitem gerar qualidades de movimento e coreografias instantâneas que comuniquem, que funcionem como esculturas móveis cheias de significados para os intérpretes e eventualmente para o público.

Ficha Técnica

Direção: Diogo Granato
Intérpretes-criadores: Diogo Granato, Flávia Scheye, Flávio Falcone, Henrique Lima, Ilana Elkis, Michelle Farias e Veronica Piccini
Iluminação: Marcelo Esteves
Adereços e cenário: Beatriz Kovacsik e Diogo Granato
Figurino: Diogo Granato
Iluminação: Marcelo Esteves
Fotos: Carol Quintanilha e Luiz Cunha
Produção: Guilherme Funari
Direção de Produção: Cau Fonseca | Mítica!

Crédito da foto: Carol Quintanilha

Serviço

Nosso Primeiras Estórias
Grupo Silenciosas
De 09 a 11 de maio de 2019
Quintas e sextas, às 20hs, e sábados, às 18hs.
Local: Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios 363- Bom Retiro, São Paulo – SP
(Próximo ao metrô Tiradentes)
Ingressos: Grátis. Retirar ingressos com uma hora de antecedência.
Capacidade: 30 lugares
Sala com acessibilidade
Não tem estacionamento no local.

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