Ícone do site Agenda de Dança

Dançarinos apresentam espetáculo e ministram oficinas sobre a relação do corpo cego e o que enxerga

Durante os meses de novembro e dezembro, Rio de Janeiro, Espírito Santos e cidades de Minas Gerais recebem o espetáculo E a cor a gente imagina, de Victor Alves, bailarino e diretor da Laia Cia. de Danças Urbanas, e Oscar Capucho, ator, bailarino independente, cego desde os nove anos, e ex-integrante do grupo de teatro Nós Cegos. A circulação do projeto foi contemplada pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018. Juntamente com as apresentações, também são realizadas em cada cidade duas oficinas que trabalham os sentidos além da visão, por meio de elementos das artes cênicas, o ritmo e expressões corporais, com foco no House Dance.

A primeira cidade a receber o projeto foi Ouro Preto (MG), nos dias 7 e 8 de novembro. Dois dias depois ele chega em São Paulo, em 9 e 10 de novembro e segue para o Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22. Depois volta à Minas para percorrer o interior, representado pelas cidades de Tiradentes, nos dias 23 e 24; Viçosa, 28; e Diamantina, no dia 30. Em dezembro, o projeto chega em Araxá, dias 7 e 8, e nos dias 12 e 13, encerra em Vitória (ES).

Selecionado pelo Rumos Itaú Cultural, um dos principais programas de fomento à cultura do país, o projeto E a cor a gente imagina traz reflexões que reforçam a importância de tornar a acessibilidade algo mais presente no cotidiano. Acessível, toda a programação conta com audiodescrição e interpretação em libras.

E a cor a gente imagina é sobre as diferenças e relações entre o corpo cego e o que enxerga, em um mundo predominantemente visual. A obra lança luz sobre aspectos da memória e da imaginação criativa – a despeito de uma intensa privação perceptual –, apoiando-se tanto nas atividades cotidianas quanto extraordinárias da pessoa com deficiência visual. Na performance, Victor Alves e Oscar Capucho trazem reflexões que reforçam a importância de tornar a acessibilidade algo mais presente no cotidiano.

Esse é o segundo trabalho dos artistas juntos e é tido como a continuidade da pesquisa iniciada em 2014, com Sentidos. Pensado desde o início para ser um espetáculo acessível às pessoas cegas ou com baixa visão, a obra conta com audiodescrição e interpretação em Libras. Ao final das apresentações, o público participa de uma conversa com os artistas, com a equipe do Svoa – responsável pela audiodescrição – e com os intérpretes de Libras, sobre as impressões obtidas pelos espectadores, o processo de criação da dança e o dia a dia desses profissionais que trabalham com acessibilidade.

As oficinas

Além da apresentação, o projeto E a cor a gente imagina conta com uma parte prática em todas as cidades pelas quais passa. A oficina Sensibilização Corporal com Oscar Capucho tem o objetivo de aguçar os sentidos além da visão e trabalhar a espacialidade por meio de elementos da dança e do teatro. Assim, as pessoas videntes que participarem utilizarão vendas nos olhos, pois é uma atividade pensada para pessoas cegas ou com baixa visão.

Caso as vagas não sejam preenchidas em sua totalidade pelo público alvo, serão abertas a todos. A segunda oficina, House Dance com Victor Alves, aborda o ritmo e a expressão corporais através de elementos das danças urbanas, com foco no estilo House Dance. Podem participar jovens com idade a partir de 12 anos e experiência mínima de um ano em qualquer tipo de dança.

Sobre o Rumos Itaú Cultural

Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Programa Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997, fomentando a produção artística e cultural brasileira. A iniciativa recebeu mais de 64,6 mil inscrições desde a sua primeira edição, vindos de todos os estados do país e do exterior. Destes, foram contempladas mais de 1,4 mil propostas nas cinco regiões brasileiras, que receberam o apoio do instituto para o desenvolvimento dos projetos selecionados nas mais diversas áreas de expressão ou de pesquisa.

Os trabalhos resultantes da seleção de todas as edições foram vistos por mais de 6 milhões de pessoas em todo o país. Além disso, mais de mil emissoras de rádio e televisão parceiras divulgaram os trabalhos selecionados. Nesta edição de 2017-2018, os 12.616 projetos inscritos foram examinados, em uma primeira fase seletiva, por uma comissão composta por 40 avaliadores contratados pelo instituto entre as mais diversas áreas de atuação e regiões do país.

Em seguida, passaram por um profundo processo de avaliação e análise por uma Comissão de Seleção multidisciplinar, formada por 21 profissionais que se inter-relacionam com a cultura brasileira, incluindo gestores da própria instituição. Foram selecionados 109 projetos, contemplando todos os estados brasileiros.

Ficha técnica

Direção: Victor Alves
Elenco: Victor Alves e Oscar Capucho
Dramaturgia: Oscar Capucho
Produção: Fernanda Abdo
Iluminação: Edimar Pinto de Oliveira
Trilha Sonora: Ronilson Silva
Audiodescrição: Grupo SVOA (na circulação RUMOS: Anita Rezende)
Intérprete de libras: Dinalva Andrade
Fotografia: Fernanda Abdo e Camila Rocha

Crédito da foto: Fernanda Abdo

Serviço

Rumos Itaú Cultural 2017-2018
E a cor a gente imagina

De Victor Alves e Oscar Capucho

São Paulo (SP)

Dia 9 de novembro
Às 18h: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Inscrições: https://goo.gl/forms/kGe56QnTEBJjYZup2
Dia 10 de novembro
Às 10h: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Inscrições: https://goo.gl/forms/0fI2oWptgkCPAkba2
Às 19h: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: CRD – Centro de Referência da Dança
Baixos do Viaduto do Chá, S/N – Centro
Entrada gratuita
Mais informações: https://www.facebook.com/events/1022847261229222/
Interpretação em libras
Audiodescrição

Rio de Janeiro (RJ)

Dia 21 de novembro
Às 15h30: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Inscrições: https://centrocoreografico.wordpress.com/2018/10/26/oficinas-cia-laia-sensibilizacao-corporal/
Às 18h30: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Inscrições: https://centrocoreografico.wordpress.com/2018/10/26/oficinas-cia-laia-house-dance/
Dia 22 de novembro
Às 19h30: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: CCO – Centro Coreográfico do Rio de Janeiro (mesmo endereço do espetáculo).
Rua José Higino, 115 – Tijuca
Ingressos: R$10 inteira / R$5 meia-entrada
Mais informações: https://www.facebook.com/events/259882138204387/
Interpretação em libras
Audiodescrição

Tiradentes (MG)

Dia 23 de novembro
Às 18h: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Dia 24 de novembro
Às 9h: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Local: Espaço Cultural Aimorés
Rua Direita, 159 – Centro
Às 20h: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: SESI Centro Cultural Yves Alves
Rua Direita, 168 – Centro
Ingressos: R$10 inteira; R$5 meia-entrada
Mais informações: https://www.facebook.com/events/715475002153836/
Interpretação em libras
Audiodescrição

Viçosa (MG)

Dia 28 de novembro
Às 8h: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Às 10h30: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Local: Campus da UFV – Universidade Federal de Viçosa
Avenida Peter Henry Rolfs, s/n
Às 20h: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: Espaço Fernando Sabino
Avenida Peter Henry Rolfs, S/N – Campus Universitário UFV.
Entrada gratuita
Mais informações: https://www.facebook.com/events/188234582095806/
Interpretação em libras
Audiodescrição

Diamantina (MG)

Dia 30 de novembro
Às 20h: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: Teatro Santa Izabel
Praça Dom Joaquim, 166 – Centro
Ingressos: R$10 inteira; R$5 meia-entrada
Oficinas: datas e local em articulação.
Interpretação em libras
Audiodescrição

Araxá (MG)

Dia 7 de dezembro
Às 16h30: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Dia 8 de dezembro
Às 9h: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Às 19h30: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: SESI Prof. Djalma Guimarães – Rua Abrão José Bitar, 405 – Jardim Residencial Bela Vista.
Ingressos: R$10 inteira; R$5 meia-entrada.
Interpretação em libras
Audiodescrição

Vitória (ES)

Dia 12 de dezembro
Às 16h30: Oficina de Sensibilização Corporal, com Oscar Capucho
Às 19h: Oficina de House Dance, com Victor Alves
Dia 13 de dezembro
Às 19h30: espetáculo E a cor a gente imagina
Local: SESC Glória – Av. Jerônimo Monteiro, 428 – Centro
Ingressos: R$10 inteira / R$5 meia-entrada / R$6 comerciantes e conveniados
Interpretação em libras
Audiodescrição

Sair da versão mobile