Notícias

Quatro semanas de espetáculo e seis estreias, é assim que a São Paulo Companhia de Dança encerra a Temporada 2016

045_pivo_photobywilianaguiar_m
Cena de Pivo | Foto: Wilian Aguiar

A São Paulo Companhia de Dança (SPCD), mantida pelo Governo do Estado de São Paulo, sob direção de Inês Bogéa, dá continuidade às apresentações da sua temporada de espetáculos 2016 em novembro. Após o sucesso de público em junho, a SPCD volta ao Teatro Sérgio Cardoso com seis estreias: as criações NGALI…, de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro, e Pivô (2016), de Fabiano Lima, além de Grand Pas de Deux de O Corsário (2015), da SPCD a partir do original de Marius Petipa (1818-1910), O Talismã Pas de Deux (1955), de Pablo Aharonian, Carmen Pas de Deux (2004) e o duo Fada do Amor (1993), ambos de Márcia Haydée, além. Romeu e Julieta (2013), de Giovanni Di Palma, GEN (2014), de Cassi Abranches, e Peekaboo (2013), de Marco Goecke, completam o programa.

Neste ano, a temporada da SPCD tem o título de Jogo de Linhas, que parte da percepção da força das imagens na contemporaneidade. Os movimentos executados em um espetáculo de dança levam o público a entrar em um outro universo de sensações tanto pela movimentação dos bailarinos quanto pela percepção de seu próprio gesto. “Os movimentos criam na cena jogos de linhas, de traços e com as cores dos figurinos, zonas coloridas, que se dispersam e se aglomeram. Esse jogo desperta em cada um diferentes percepções de imagens que são transformadas pelo que sentimos e vivemos”, fala Inês Bogéa, diretora artística da Companhia.

Serão quatro semanas de espetáculos:

Nos dias 4, 5, 6, 10, 11, 12 e 13 de novembro, o público poderá ver Romeu e Julieta (2013), de Giovanni Di Palma para a SPCD. Com música de Sergei Prokofiev (1891-1953), a trágica história de amor do jovem casal, cuja morte acaba por unir as famílias Montecchio e Capuleto, foi dividida em dois atos e dez cenas.

O renomado Jérôme Kaplan assina o figurino e os cenários da obra, que recriam as características da cidade italiana de Verona na época na qual a história se passa, no século 17. Kadja Kadel é a responsável pela dramaturgia, e Udo Haberland pelo desenho de luz.

A segunda semana, nos dias 17, 18, 19 e 20 de novembro, terá as estreias de Pivô (2016), de Fabiano Lima, e uma NGALI… de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro – a segunda para a SPCD, para quem já criou Mamihlapinatapai (2012) – e figurinos de Fernanda Yamamoto. A obra de Mesquita tem como referência a peça teatral La Ronde, de Arthur Schnitzler (1862-1931) – escrita em 1897, a obra retrata diferentes relações amorosas que incluem um terceiro – e traz elementos da dança dois a dois para retratar as diferentes formas de amar. Ngali é uma palavra de origem aborígine da Austrália Ocidental, cujo significado, sem correspondente em outro idioma, é: “nós dois, incluindo você”. Em oposição a outro pronome da mesma língua – Ngaliju – que quer dizer: “nós dois, excluindo você”.

Criação para o Ateliê de Coreógrafos Brasileiros, programa da SPCD cujo objetivo é incentivar a criação coreográfica e ampliar o intercâmbio dos artistas com a Companhia, Pivô se vale das referências do basquete, do hip-hop e da dança contemporânea. Com música da ópera O Guarani, de Carlos Gomes (1836-1896), a obra traz para a cena o ambiente brasileiro com sonoridades conhecidas. O figurino de Cássio Brasil dialoga com a luz de Guilherme Paterno e evidencia as diferentes camadas da obra.

GEN (2014), de Cassi Abranches, completa o programa da segunda semana. A obra, que marca a saída de Abranches dos palcos para se tornar coreógrafa, é construída a partir de suas memórias corporais e dos impulsos da trilha sonora de Marcelo Jeneci e Zé Nigro.

A última semana da temporada 2016 será marcada por quatro estreias: Grand Pas de Deux de O Corsário (2015), da SPCD a partir do original de Marius Petipa (1818-1910), O Talismã Pas de Deux (1955), de Pablo Aharonian, Carmen Pas de Deux (2004) e o duo Fada do Amor (1993), ambos de Márcia Haydée. Peekaboo (2013), de Marco Goecke, completa o programa do final da temporada.

O Grand Pas de Deux de O Corsário está presente no segundo ato da obra e revela a cumplicidade entre Medora e Ali. A coreografia apresenta o virtuosismo técnico dos intérpretes aliado à dramaticidade lírica. Já O Talismã Pas de Deux mostra o momento em que Vayou, o deus do Vento, vem resgatar o talismã que Niriti, a filha da rainha dos deuses, carrega.

Carmen Pas de Deux integra o primeiro ato da obra e revela o momento em que José abandona tudo e todos para se entregar a Carmen, figura sensual e forte, que brinca com os sentimentos das pessoas ao seu redor. O duo Fada do Amor traduz a energia e o amor da fada pelo ser humano marcado por sua entrega e delicadeza.

Em Peekaboo, o coreógrafo lida com o ato de esconder e revelar de forma instigante. O nome da coreografia se refere a um jogo infantil conhecido pelas crianças: a pessoa espia (peek, em inglês), esconde o rosto e, de repente, reaparece e diz ‘achou’ ou ‘boo’. Na obra, a sinfonia de Britten combinada com o som do coro finlandês Huutajat, revela contrastes: ao mesmo tempo em que fala de fantasias, traz à tona os medos e a solidão de cada bailarino.

POR DENTRO DO ESPETÁCULO

Durante toda a temporada da SPCD, Inês Bogéa comanda o Por Dentro do Espetáculo. Neste encontro a diretora da Companhia, acompanhada por dois bailarinos, conta detalhes e curiosidades sobre os bastidores do programa que o público assistirá na sequência. A conversa acontece no balcão do Teatro Sérgio Cardoso, 45 minutos antes do início das apresentações e a entrada é gratuita.

ACESSIBILIDADE

Desde 2013 a São Paulo Companhia de Dança utiliza o recurso de audiodescrição – modo que transmite ao público cego e surdo, por meio de fones de ouvido, informações sobre cenário, figurino e, principalmente, os movimentos dos bailarinos – em suas apresentações por espaços públicos do interior e da capital de São Paulo. E desde 2014, com o objetivo de viabilizar a implantação de mais recursos de acessibilidade comunicacional, a SPCD ampliou o programa por meio da tecnologia avançada do aplicativo gratuito Whatscine transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, interpretação em LIBRAS e subtitulação, permitindo às pessoas com deficiência entrar em contato com a experiência da dança. A SPCD possui fones de ouvido e tablets para as pessoas que não tem o aplicativo em seus celulares.

SERVIÇO

São Paulo Companhia de Dança
Temporada 2016 – De 04 a 27 de novembro
Ingresso: R$ 40 (plateia central), R$ 20 (meia-entrada plateia central), R$ 30 (plateia lateral),
R$ 15 (meia-entrada plateia lateral), R$ 20 (Balcão), R$ 10 (meia-entrada balcão)
Venda on-line: Ingresso Rápido
Local: Teatro Sérgio Cardoso
Rua Rui Barbosa, 153 – Bela Vista – São Paulo/SP

Romeu e Julieta (2013), de Giovanni Di Palma
Dias 10 de novembro| quinta-feira
Dias 5 e 12 de novembro |sábados, às 21h
Dia 4 e 11 de novembro | sexta-feira, às 21h30
Dia 6 e 13 de novembro | domingo, às 18h
Indicação classificativa: Livre.

Estreia Pivô (2016), de Fabiano Lima
Estreia Ngali… (2016), de Jomar Mesquita com colaboração de Rodrigo de Castro, de Jomar Mesquita
Gen (2014), de Cassi Abranches
Dias 17 e 19 de novembro | quinta-feira e sábado, às 21h
Dia 18 de novembro | sexta-feira, às 21h30
Dia 20 de novembro | domingo, às 18h
Indicação classificativa: Livre.

Estreia Grand Pas De Deux de O Corsário (2015), da SPCD a partir do Original de Marius
Petipa (1818-1910)
Estreia O Talismã Pas De Deux (1955), de Pablo Aharonian a partir do original de Pyotr Gusev (1904-1987)
Estreias Carmen Pas De Deux (2004) e Fada do Amor (1993), de Marcia Haydée
Peekaboo (2013), de Marco Goecke
Dias 24 e 26 de novembro | quinta-feira e sábado, às 21h
Dia 25 de novembro | sexta-feira, às 21h30
Dia 27 de novembro | domingo, às 18h
Indicação classificativa: Livre.