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Com entrada gratuita, exposição William Forsythe: Objetos coreográficos continua no Sesc Pompeia até o dia 28 de julho

Crédito da foto: Ricardo Ferreira

Em cartaz no Sesc Pompeia até o dia 28 deste mês, a exposição William Forsythe: Objetos coreográficos é uma ótima sugestão de programa cultural para as férias de julho na capital paulista. Com entrada gratuita e livre para todos os públicos, está aberta de terça a sábado, das 10h às 21h30, e aos domingos, das 10h às 19h30.

A primeira mostra no Brasil do coreógrafo e artista visual norte-americano William Forsythe reúne onze grandes obras, que unem conceitos das linguagens da dança e artes visuais e convidam adultos e crianças a se movimentarem. Elas ocupam diferentes espaços da unidade, em diálogo com a arquitetura do edifício projetado por Lina Bo Bardi.

Entre os trabalhos, está Em nenhum lugar e em todos lugares ao mesmo tempo, São Paulo (2015/2019), que ocupa o Galpão da unidade com mais de 400 pêndulos em movimento contínuo, fazendo o público se deslocar de um lado ao outro para desviar dos objetos, numa espécie de dança não coreografada.

Insustentáveis, São Paulo (2019), desenvolvida especialmente para a exposição, foi montada ao redor do “lago”, na Área de Convivência. Um conjunto de painéis suspensos formam um círculo, sem nenhum objeto no centro, apenas uma iluminação mais intensa. Pelos painéis e fones de ouvido, o participante recebe orientações para se mover neste espaço, como “colocar um pé na frente do outro, enquanto balança os braços em variadas direções”.

Cidade de abstratos (2000), no Hall do Teatro, traz um gigante painel de vídeo com câmera acoplada que projeta imagens dos espectadores que estão no local. Seus corpos surgem distorcidos na tela, em formas alongadas e em espiral.

Já o inédito Instrução, São Paulo (2019) leva os visitantes erguerem suas cabeças para ler as quatro frases instaladas nas passarelas do conjunto esportivo. As letras foram confeccionadas em paetê, seguindo a tipologia da unidade Pompeia, também proposta por Lina Bo Bardi. A frase mais alta, “À mercê do quê?”, está a mais de 30 metros do chão.

A exposição é uma realização do Sesc São Paulo, com curadoria da Forsythe Produções, em colaboração com a brasileira Veronica Stigger.

Sobre o artista

William Forsythe nasceu em Nova York, em 1949, e reside em Vermont. Atuou em diversas companhias. No Stuttgart Ballet, foi nomeado coreógrafo residente em 1976, permancendo na posição por sete anos. Em 1984, iniciou um mandato de vinte anos como diretor do Ballet Frankfurt, criando em seguida a Forsythe Company, que dirigiu de 2005 a 2015.

Recebeu o prêmio de dança e performance de Nova York, o Bessie (1988, 1998, 2004, 2007), o Prêmio Laurence Olivier, de Londres (1992, 1999, 2009), o título de Commandeur des Arts et Lettres (1999) pelo governo da França, o Leão de Ouro da Bienal de Veneza (2010) e o Grand Prix de la SACD (2016), entre outros.

Seus trabalhos com instalações e vídeos foram apresentados em inúmeros museus e exposições, incluindo a Whitney Biennial (Nova York, 1997), Festival d’Avignon (2005, 2011), Museu do Louvre (Paris, 2006), Pinakothek der Moderne (Munique, 2006), Tate Modern (Londres, 2009), MoMA (Nova York, 2010), MMK – Museu de Arte Moderna (Frankfurt, 2015) e 20ª Bienal de Sydney (2016). Entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019, apresentou a exposição “William Forsythe: Choreographic Objects” no Institute of Contemporary Art (ICA) de Boston.

Atualmente é professor de dança e conselheiro artístico do Instituto Coreográfico da University of Southern California Glorya Kaufman School of Dance. É representado pela galeria Gagosian.

Serviço

William Forsythe: Objetos coreográficos
Até 28 de julho de 2019
Terça a sábado, 10h às 21h30. Domingo e feriado, 10h às 19h30.
Local: Sesc Pompeia
Rua Clélia, 93 – Água Branca, São Paulo – SP
Ingresso: Grátis
Para agendamentos de grupos: escreva para o e-mail agendamento@pompeia.sescsp.org.br ou ligue para (11) 3871-7759

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