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Cia Brasileira de Ballet apresenta O Quebra-Nozes

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Considerado atualmente o balé mais popular do mundo, O Quebra-Nozes tornou-se a obra que recebeu o maior e mais diversificado número de adaptações. No Brasil, já é tradição a apresentação desse clássico na época do Natal. O espetáculo conta uma história passada em clima de sonho e fantasia, durante uma noite de Natal. A menina Clara ganha de presente um boneco quebra-nozes, e com ele segue viagem por um mundo mágico em que os brinquedos ganham vida, dançam, lutam, e viajam por diversos reinos. Encenado em dois atos, O Quebra-nozes, da Companhia Brasileira de Ballet, chega ao Rio de Janeiro para apresentações únicas no Teatro Vivo Rio e Oi Casa Grande que dão boas-vindas ao período natalino de 2015 em grande estilo.

Considerado atualmente o ballet mais popular do mundo, O Quebra-Nozes nem sempre teve aceitação unânime. Quando, em 1891, o lendário compositor Pyotr Ilyich Tchaikovsky teve encomendada pelo Diretório Imperial de São Petersburgo uma composição de ópera em ato acoplado com o ballet, para apresentação de uma temporada, um ano depois, já na primeira apresentação, em 18 de dezembro de 1892, viu que a junção de estilos não fora bem-sucedida.

Tchaikovsky sugeriu, então, que a montagem ficasse restrita ao ballet e que a ópera não fosse utilizada. O Diretório, por sua vez, optou como enredo a adaptação do francês Alexandre Dumas para a história de E.T.A. Hoffman, “O Quebra-Nozes e o Rei dos Ratos”. Por acreditar que o tema não cabia bem ao ballet, Tchaikovsky desaprovou a escolha. E, de fato, O Quebra-Nozes era diferente de tudo que já havia sido apresentado nos grandes palcos, geralmente acostumados a receber espetáculos com enredos românticos, e, portanto, não foi bem recebido pelo público e pela crítica especializada da época.

Já a coreografia de O Quebra-Nozes original é mundialmente creditada a Marius Petipa e seu assistente, Lev Ivanov. O coreógrafo, então diretor do Ballet do Teatro Marinsky, também foi responsável pela criação de um libreto do espetáculo e acompanhou de perto a elaboração e desenvolvimento dos passos de cada bailarino e, ainda, da parte musical.

Petipa pretendia, inclusive, protagonizar a montagem, mas por conta de um estado de saúde debilitado, teve de abdicar do desejo, se vendo obrigado a deixar a responsabilidade da coreografia para seu assistente, passando a cuidar apenas dos trabalhos de bastidores. Ainda assim, Petipa acompanhou de perto toda a criação do ballet e, como atuava diretamente com Tchaikovsky, o músico teve de se submeter às vontades do coreógrafo.

Portanto, por mais que a coreografia leve o nome de Ivanov, todo o ballet possui a marca de Marius Petipa. O Quebra-Nozes demorou a cair no gosto do público, mas dadas as sucessivas montagens do espetáculo em todo o mundo, a aceitação cresceu gradativamente e o ballet acabou se tornando talvez a obra que recebeu o maior e mais diversificado número de adaptações. A exemplo das produções famosas estão às assinadas por Rudolf Nureyev, Mikhail Baryshnikov, Cranko, Yuri Grigorowitsch, John Neumaier, Heinz Spoerli, Mark Morris e ainda as montagens das companhias Sadler’s Wells Ballet (Londres de 1934), San Francisco Ballet (em 1994, com coreografia de William Christensen, Royal Swedish Ballet (1967) e England’s Royal Ballet (1968).

Um dos momentos históricos e mais marcantes em termos de execução de O Quebra-Nozes foi a célebre realização da montagem, após anos de constantes mudanças, no New York City Ballet, na Nova York de 1954. A coreografia ficou a cargo de George Balanchine.

No Brasil, já é uma tradição a apresentação o do clássico O Quebra-Nozes na época do Natal. Só no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com exceção do ano de 1989, em que Tatiana Leskova apresentou uma versão completa do ballet, a versão mais conhecida é a assinada por Dalal Achcar, apresentada desde 1981, sempre com grande sucesso de público. Em São Paulo, é a Cisne Negro Cia. de Dança, sob a direção de Hulda Bittencourt, que ajuda a manter viva a história de O Quebra-Nozes, com apresentações consecutivas que já duram 29 anos.Tais iniciativas ajudaram a popularizar o espetáculo, que se tornou uma obrigação nas comemorações das festividades natalinas.

Em 2009, Cia. Brasileira de Ballet teve a honra de se incluir nesta importante trajetória da dança mundial, apresentando ao público brasileiro, pela primeira vez, sua versão completa do ballet O Quebra-Nozes. Com direção, adaptação e coreografia de Jorge Texeira, que realizou um minucioso trabalho de pesquisa para o espetáculo e assinando uma versão inédita, com assistência de Henrique Talmah, teve cenários e figurinos criados especialmente para a Cia. O Quebra-Nozes da Cia. Brasileira de Ballet, desde a sua primeira temporada, se tornou um marco na história da dança brasileira, previsto para fazer 13 apresentações da peça, o sucesso alcançado foi tão grande que, terminou a temporada com 21 espetáculos.

Uma experiência única, na vida dos 42 bailarinos que integravam a companhia e que tiveram a honra de dançar ao lado dos primeiros bailarinos do Royal Ballet de Londres, Marianela Nuñes e Thiago Soares, que se apresentam pela primeira vez em um ballet completo no país.

SERVIÇO

O Quebra-Nozes
Cia Brasileira de Ballet
Classificação: Livre

Dia 11 de dezembro de 2015
Sexta, às 18h30
Local: Oi Casa Grande
R. Afrânio de Mello Franco 290 Leblon – Rio de Janeiro
Ingressos: R$ 60,00 e R$ 70,00
Vendas online: Ingresso.com

Dia 13 de dezembro de 2015
Domingo, às 16h
Local: Vivo Rio
Avenida Infante Dom Henrique, 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro/RJ – CEP: 20021-140
Ingressos: de R$ 50,00 a R$ 150,00
Vendas online: Tudus
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Fonte: Vivo Rio